Fonte: Assessoria ABM

Comemorado em 10 de julho, o Dia do Engenheiro de Minas reconhece a contribuição essencial desses profissionais para o desenvolvimento do país. A data homenageia o nascimento de Pedro Demóstenes Rache, engenheiro que marcou a história da engenharia nacional ao se tornar o primeiro presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).

Presente em diversas etapas da cadeia produtiva, o engenheiro de minas atua na pesquisa, extração e aproveitamento de recursos minerais, como minérios metálicos, carvão e águas subterrâneas, e tem papel decisivo em setores estratégicos da economia, incluindo a indústria metalúrgica, de fertilizantes, cimento, petróleo, química, além de instituições públicas e acadêmicas.

Muito além da extração de riquezas minerais, o trabalho do engenheiro de minas está diretamente ligado ao uso consciente dos recursos naturais. Com base em uma formação sólida e exigências legais específicas, esses profissionais são preparados para reduzir impactos ambientais e atuar com responsabilidade socioambiental em todas as etapas da mineração.

Embora a profissão tenha sido oficialmente regulamentada em 1933, durante o governo de Getúlio Vargas, sua história no Brasil começou bem antes. Em 1876, foi criado o segundo curso de engenharia do país, na Escola de Minas de Ouro Preto, hoje integrada à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP),  marco importante na formação técnica voltada à mineração.

Atualmente, o Brasil conta com 30 cursos de Engenharia de Minas em instituições de ensino superior. A formação dura em média cinco anos e abrange desde disciplinas básicas de física, matemática e química até áreas específicas como geologia, topografia, mineralogia e práticas de campo.

Engenheira de minas formada pela UFMG, e integrante da Comissão Técnica de Mineração da ABM, Maria Eugênia Monteiro explica a profissão de modo mais amplo e estratégico, conectando assuntos como a descarbonização e a transição energética no país.

“A incontestável importância da mineração para o Brasil e para o mundo é quase sempre contrária à percepção e aceitação da atividade pela sociedade. A riqueza mineral, formada ao longo de milênios, eras geológicas, requer conhecimento, pesquisa, exploração, desenvolvimento, avaliação, incontáveis estudos de viabilidade técnica, econômica e socioambiental, longo percurso que torna ainda menos visível sua imprescindibilidade”. 

“Entretanto, vislumbro que a complexa matriz de desafios e possibilidades da atividade minerária, com visão de longo prazo, vai emergindo, reconhecida em seu papel fundamental de liderança na transição energética e descarbonização, em processos inovadores de infraestrutura e mobilidade, no fornecimento de minerais críticos, estratégicos e agrominerais essenciais e, finalmente, como indutor de desenvolvimento tecnológico, econômico e social.”

Mais do que celebrar o passado e presente da Engenharia de Minas, é essencial olhar para o futuro da profissão. E é nesse contexto que a ABM mantém seu compromisso com o fomento técnico-científico e o desenvolvimento profissional dos engenheiros da área. Iniciativas como o Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia Metalúrgica, de Materiais e de Minas (Enemet), realizado durante a ABM Week, promovem a aproximação entre indústria e academia, oferecendo um espaço estratégico para o intercâmbio de experiências e oportunidades com grandes players do setor.

A nona edição da ABM Week, programada para os dias 9 a 11 de setembro de 2025, em São Paulo, reafirma esse compromisso ao reunir profissionais em sessões técnicas, plenárias, painéis e debates sobre os principais avanços nas áreas de mineração, materiais e metalurgia. Ao integrar conteúdos técnicos e tendências de mercado, o evento — que tem mais informações disponíveis em abmbrasil.com.br/evento/abm-week-9 — reforça o papel da ABM como referência na construção de uma mineração mais eficiente, inovadora e sustentável, valores cada vez mais centrais na atuação do engenheiro de minas contemporâneo.