Fonte: Brasil Mineral

Divulgação: Vale

A Vale assinou um acordo de reserva de terreno com a Comissão Real de Jubail e Yanbu, na Arábia Saudita, para a implantação de um Mega Hub na cidade industrial de Ras Al Khair. O Mega Hub será implementado em duas etapas e terá potencial para produzir anualmente até 12 milhões de toneladas de briquetes de minério de ferro, oferecendo uma solução inovadora que acelerará a transição para a siderurgia net zero. "Este acordo é mais do que um marco para a Vale: representa nosso primeiro passo para remodelar o futuro da indústria siderúrgica no Oriente Médio. O Mega Hub de Al Khair servirá como um modelo para integrar tecnologias avançadas com práticas sustentáveis, gerando não apenas impacto ambiental positivo, mas também valor econômico", afirma Rogério Nogueira, vice-presidente executivo Comercial e de Novos Negócios da Vale.

A escolha de Ras Al Khair destaca as vantagens estratégicas da Arábia Saudita, o que inclui recursos energéticos abundantes, localização geográfica privilegiada e um ambiente favorável aos negócios. O hub atenderá aos mercados local, regional e internacional, impulsionando a ambição da Arábia Saudita de se tornar uma potência industrial líder mundial, em linha com sua Visão 2030.

O Mega Hub em Ras Al-Khair faz parte da estratégia mais ampla da Vale para desenvolver ecossistemas integrados de siderurgia nos principais mercados. Juntamente com os Mega Hubs planejados para Omã e Emirados Árabes Unidos, o projeto atuará como um facilitador regional de aço verde ao fornecer minério de ferro de alta qualidade e promover a colaboração entre a Vale, produtores de aço e outros players industriais. Juntos, esses hubs contribuirão coletivamente para a meta da Vale de reduzir as emissões líquidas de escopo 3 em 15% até 2035, enquanto a mineradora segue com o compromisso de reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030, liderando a jornada rumo à mineração sustentável.

Venda de ações pela Cosan

A Cosan, do empresário Rubens Ometto, vendeu toda a participação (4,9%) que detinha no capital da Vale, obtendo uma receita de R$ 9,1 bilhões. Com a venda, a Cosan realiza um prejuízo de R$ 9,4 bilhões, em valores nominais, já que havia desembolsado pela participação, em outubro de 2022, um total de R$ 18,5 bilhões.

A explicação dada pela empresa para se desfazer das ações da Vale foi reduzir o seu nível de endividamento, que passa de R$ 23 bilhões para R$ 14 bilhões.

Quando adquiriu a participação na Vale, em 2022, o objetivo da Cosan era influir na gestão da mineradora, incluindo a nomeação do novo presidente, o que não se concretizou. Na época, a empresa de Ometto tinha como meta uma participação de 6,5% na Vale.