A aplicação de metodologias sofisticadas de automatização, robotização e processos digitais às dinâmicas industriais do setor mínero-metalúrgico foi o foco de uma parcela crescente das pesquisas científicas apresentadas nas sessões técnicas da ABM WEEK 2018 ,que contou com volume maior de trabalhos submetidos, em comparação com o ano anterior.

“A Indústria 4.0 tem muitas faces e, ao longo dos anos, elas vêm sendo cada vez mais abordadas nos trabalhos apresentados nas sessões técnicas da ABM WEEK”, aponta Ronaldo Barbosa, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador técnico da ABM WEEK. 

“Há artigos, por exemplo, que tratam de modelagem matemática em processos de fabricação – e, por isso, podemos presenciar discussões complexas sobre algoritmos para controle de fornos, laminadores ou ritmo de produção. Tudo isso já é um reflexo da Indústria 4.0 em nosso país”, analisa.

A edição de 2018 contou com 825 contribuições técnicas, submetidas de todo o Brasil – contra 808 resumos no ano anterior. Desse total, mais de 600 trabalhos de 14 áreas do conhecimento foram selecionados para apresentação em exposições orais e pôsteres. “Além do número maior de trabalhos enviados, percebemos também uma melhora qualitativa, com participação e envolvimento mais intenso”, avalia Ronaldo Barbosa. 

De acordo com o professor, áreas como aciaria, conformação e laminação têm demonstrado comparecimento tradicionalmente mais elevado. Nesta edição, também foi possível notar a atenção dispensada pela academia às pesquisas sobre “materiais cerâmicos, compósitos e poliméricos”, além dos estudos nas áreas de “processos metalúrgicos”, “mineração” e “fusão, refino e solidificação”. 

“É muito positivo constatar o envolvimento significativo dos alunos, porque eles são a ABM do futuro. Muitos estudantes co-assinaram trabalhos com profissionais da indústria, com qualidade muito boa”, comenta Barbosa.