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29 de Julho de 2025

CBMM e Universidade de Birmingham firmam parceria para impulsionar inovação disruptiva em reciclagem de carbono

Iniciativa aplica o Nióbio como componente essencial para uma tecnologia de recirculação de carbono, promovendo sustentabilidade

Fonte: CBMM

A CBMM, líder global na produção e comercialização de produtos de Nióbio, e a Universidade de Birmingham, no Reino Unido, anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de uma tecnologia de recirculação de carbono aplicada à indústria do aço. 

A solução utiliza perovskitas com Nióbio como elemento central do processo, contribuindo diretamente para a redução de emissões e para o avanço de práticas industriais mais sustentáveis.

O objetivo do projeto é transformar o dióxido de carbono (CO₂), gerado na queima de combustíveis fósseis em processos industriais de alto consumo energético, em um insumo reutilizável. Essa abordagem contribui para o fechamento do ciclo do carbono e pode reduzir de forma significativa a liberação de gases de efeito estufa na atmosfera.

A tecnologia em desenvolvimento utiliza perovskitas contendo Nióbio — materiais cristalinos reconhecidos por sua versatilidade e desempenho aprimorado em reações químicas. 

Neste caso, as perovskitas foram capazes de converter CO₂ em monóxido de carbono (CO) com quase 100% de seletividade, ou seja, transformando exclusivamente CO₂ em CO.

O professor Yulong Ding, especialista em Engenharia Química e diretor do Centro de Armazenamento de Energia da Universidade de Birmingham, afirmou que: “setores industriais de base, como a siderurgia — fundamentais para diversas outras cadeias produtivas — estão entre os maiores emissores de CO₂ e representam um dos maiores desafios para a descarbonização. Estamos muito satisfeitos com a parceria com a CBMM, que tem como objetivo desenvolver uma solução tecnicamente viável, economicamente acessível e ambientalmente responsável.”

Solução retrofit e ganhos em eficiência

Entre os diferenciais da nova tecnologia está sua capacidade de ser aplicada como retrofit em processos industriais já existentes, como os utilizados na produção de ferro por altos-fornos. Isso reduz — ou mesmo elimina — a necessidade de mudanças estruturais nas plantas, viabilizando sua adoção em larga escala e evitando a obsolescência de ativos.

Além disso, a solução opera em temperaturas mais baixas do que as alternativas convencionais, promovendo ganhos em eficiência energética e menores custos operacionais.

Atualmente em fase laboratorial, o projeto deve avançar para a etapa piloto nos próximos três anos. A fase seguinte prevê a comercialização da tecnologia por meio da PeroCycle, startup criada para essa finalidade e apoiada pela Universidade de Birmingham e pela Anglo American. 

O desenvolvimento de negócios está sendo conduzido pela Cambridge Future Tech, estúdio de venture building voltado à aceleração de spin-offs universitários no Reino Unido.

A CBMM participa ativamente por meio de sua equipe de Inovação, garantindo o suporte técnico necessário para o uso do Nióbio e para a escalabilidade da tecnologia.

Inovação com foco em sustentabilidade

A iniciativa está totalmente alinhada à diretriz estratégica da CBMM, que visa fortalecer seu papel como referência global em Nióbio e garantir um crescimento sustentável em 2030.

Além do compromisso de se tornar uma empresa Net Zero (escopos 1 e 2) até 2040, a companhia também investe no desenvolvimento de novas aplicações do Nióbio em segmentos como cerâmicas e vidros avançados, polímeros, compósitos, energia limpa e insumos agrícolas.